25 de agosto de 2012

Playlist


Snow Patrol, The Korgis, Boys Like Girls, Fleet Foxes e Foster the People. Essa é a playlist das músicas que foram tema de cada postagem. Dá play!

Snow Patrol - The Planets Bend Between Us



"The sea filled in this silence
Before you sank those words
And now even in the darkness
I can see how happy you are".


Tradução:

"O mar se encheu de silêncio
Antes que você dissesse aquelas palavras
E agora, mesmo na escuridão
Posso ver o quão feliz você está".


The Korgis - Everybody's Got To Learn Sometime



"Change your heart, look around you

Change your heart, it will astound you
I need your loving like the sunshine
And everybody's gotta learn sometime
Everybody's gotta learn sometime
Everybody's gotta learn sometime?"

Tradução:

"Mude seu coração, olhe ao seu redor

Mude o seu coração, ele vai surpreendê-lo
Eu preciso do seu amor como o sol
E todo mundo tem que aprender algum dia
Todo mundo tem que aprender algum dia
Todo mundo tem que aprender algum dia?"

Foster The People - Pumped up Kicks



"Daddy works a long day
He be coming home late, yeah he's coming home late
And he's bring me a surprise
Cause dinner's in the kitchen and it's packed in ice".


Tradução:

"Papai trabalha o dia todo
E chega tarde em casa de novo, é, chega tarde em casa
E me traz uma surpresa
Pois o jantar está na cozinha e embrulhado em gelo".

Fleet Foxes - Grown Ocean



"I will see you someday when i've woken
I'll be so happy just to have spoken
I'll have so much to tell you about it.

In that dream i could hardly contain it
All my life i will wait to attain it".

Tradução:

"Eu vou te ver um dia, quando eu acordar
Eu vou ser tão feliz só de ter falado
Eu tenho muito a dizer sobre isso.


Nesse sonho eu não poderia contê-lo
Toda a minha vida esperei para alcançá-lo".

6 motivos para não aceitar opiniões não-construtivas


Têm pessoas que não dão um passo sem consultar a opinião alheia. Diferente da crítica, opiniões não necessitam de maiores explicações, conhecimentos ou maior entendimento. Opiniões baseiam-se em emoções e reações provocadas em nós pelo que nos foi mostrado. Embora eu entenda e defenda a liberdade de expressão, não compreendo as opiniões que nada acrescentam. Confira uma lista de seis motivos para não aceitar opiniões não-construtivas.

1 - Se preocupar demais com o que os outros pensam de você pode desencadear uma obsessão. Querer causar boa impressão e conquistar a aceitação de todos a todo instante não é a melhor opção. É preciso estar convicto e seguro de si, mesmo sabendo que você não será capaz de agradar todo mundo. Afinal, sempre haverá alguém para lhe criticar.

2 - As pessoas têm uma tendência de enxergar tudo a seu modo. Isso demonstra a falta de empatia de alguns, pois acham mais fácil e confortável criticar do que aceitar as diferenças, ou pelo menos, tentar entender os outros.

3 - É preciso descobrir quem somos. No momento que isso acontecer, não lhe importará mais o que os outros pensam, o dedo que lhe apontam e o que julgam sobre você. Confiar em si mesmo: esse é o primeiro passo.

4 - O que nos torna a pessoa que somos são os atos que não precisam de explicação, desculpas ou motivos. Quem julga o próximo não consegue enxergar isso. 

5 - É preciso saber ouvir opiniões e filtrar o que realmente importa. Muitas vezes aproveitamos algumas opiniões e outras simplesmente têm de ser ignoradas, tendo em vista que muitos desperdiçam seu tempo apenas criticando e ofendendo outras pessoas.

6 - Quando você aceitar uma opinião que não tem nada a contribuir, faça a si mesmo a seguinte pergunta: "Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu morreria feliz dependendo da aprovação alheia?". Se chegamos até aqui foi por mérito próprio e não por causa de opiniões furadas.

20 de agosto de 2012

Aprenda a manter o equilíbrio na vida


Embora eu não acredite em previsões astrológicas, pertenço ao signo de Libra. Por coincidência ou mero acaso do destino, mantenho equilíbrio em amplos aspectos da vida e sou observador, conforme diz o meu horóscopo. Gosto de observar o jeito das pessoas e como elas se comportam. Sendo assim, pude perceber que há quem possua uma vida respeitável perante a sociedade, mas seus atos não acrescentam em nada. Enquanto algumas frequentam igrejas, mas ao mesmo tempo que rezam um terço, praticam atos de maldade. Outros são um filho exemplar em casa, mas agem bem diferente do que de costume em outros locais. É uma manifestação de contrariedades acontecendo em todos os lugares, todos os dias. Aprenda a manter o equilíbrio na vida.


Imagine a vida como um jogo de videogame, no qual você tem que passar por uma ponte bamba feita de cordas atadas de um lado a outro num precipício, segurando uma bandeja com seis copos: trabalho, família, saúde, amigos, felicidade e amor. Tudo deve ser equilibrado ao mesmo tempo e você não poderá deixar nada cair. Difícil, mas a vida é assim. 

No trabalho não tem ambição alguma de prosperar ou crescer profissionalmente. Com a família está sempre disposto a ajudar no que for preciso e trata todo mundo com muito respeito. Não faz nenhum exercício físico a não ser levantar do sofá. Valoriza os amigos mais do que a si mesmo, eles estão em primeiro lugar antes de qualquer coisa. É feliz sem motivo. E o amor se restringe a três frases: "Eu te amo". - "Para sempre?". - "Por três semanas!". As pessoas anulam coisas boas às coisas ruins (ou vice-versa). Agora me responda: cadê o equilíbrio nisso tudo? Dá um restart logo na sua vida antes de levar um game over.

19 de agosto de 2012

Os benefícios de dizer "não"



Ouvir um "não" quando nos aconselham mesmo que seja para o nosso próprio bem não é nem um pouco cômodo. É preciso ter maturidade o suficiente para saber ouvir bons, justos e firmes "nãos". Como reagiria ouvindo um: "Eu não poderei estar com você" da pessoa que mais ama? Como reagiria ouvindo um: "Você não foi aprovado" na entrevista de emprego, na matéria escolar ou no semestre da faculdade? Como reagiria ouvindo um: "Não poderá contar comigo" do seu melhor amigo?


Por outro lado, algumas situações seriam diferentes se fossem interrompidas por um simples "não". Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir "nãos", crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro "não" que a vida dá (e a vida dá muitos "nãos") surtam. A vida não é só prazer é também responsabilidade. Não estou defendendo uma educação rígida e sem diálogo, mas o "não" protege, ensina e prepara. Por mais que seja difícil, eu tento dizer "não" às pessoas e tento respeitar também os "nãos" que recebo. Quem ouve uns "nãos" de vez em quando, também aprende a dizê-los quando é preciso. Não é mesmo?

18 de agosto de 2012

"Brilho eterno de uma mente sem lembranças" e o que realmente importa



O filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" passa-se essencialmente na mente de Joel Barish (Jim Carrey). Ele descobre que Clementine Kruczynski (Kate Winslet), recorreu a uma empresa especializada em apagamento de memória para esquecer permanentemente tudo o que diz a seu respeito e à relação que mantiveram. Joel, desesperado, acaba por fazer o mesmo. Contrata a mesma empresa para apagar todas as lembranças de sua ex-namorada. Ele começa a fugir pelo labirinto das suas memórias, de forma a tentar anular o processo, enquanto os apagadores de memórias o perseguem. A partir de então, Joel enfrenta uma incrível luta dentro de sua própria cabeça para que essas memórias continuem vivas dentro de si. 


"Você pode apagar alguém de sua mente. Tirá-lo do seu coração é outra história".

CRÔNICA

O bebê tão aguardado na gestação e amado pela família, assim como um despertador que soa ao pé do ouvido na cabeceira é chamado para vir ao mundo. Aprende falar "mamãe" e "papai", entre outras palavras acrescentadas no vocabulário e papinhas, o bebê um dia muda de tamanho. Grande parte da infância gira em torno de expectativas: "Quantos dias faltam para o meu aniversário?" - "A vovó vem hoje?". Buzz Lightyear e Woody deixam de ser os melhores amigos e os brinquedos mudam. Com a idade adulta vem o benefício de controlar a nossa vida, assim, a maioria dos nossos dias de espera fica pra trás. Mas estamos perdendo alguma coisa quando não mais sentimos prazer e expectativas. Com a espera vem a surpresa e, eventualmente, a emoção de receber o que tanto queríamos. Na busca pelo primeiro emprego, buscamos saber qual é o nosso lugar no mundo. E nas guinadas que a vida dá achamos que é o destino e cruzamos os braços. Se a gente não soubesse o que vai acontecer, não seria tudo diferente? Um dia os trinta anos batem na porta e você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto. Cada segundo conta. 

Entre tantos entretantos, algumas pessoas envelhecem e por motivos naturais acabam esquecendo-se de uma vida inteira resumida em passado e futuro. Mas você já pensou como seria se tudo que você viveu fosse apagado da sua memória, assim como se apaga com uma borracha um rascunho mal acabado? Por que apenas quem retrocedeu foi Benjamin Button. E o que realmente importa? O que fazer com todos os objetos, lugares, situações, músicas, palavras e pessoas que fizeram parte da sua vida? "Aproveitar cada dia como se fosse o último". Sempre achei essa teoria boa!

11 de agosto de 2012

Filhos adolescentes. Pais intolerantes


Shit My Dad Says é a adaptação para a televisão do livro "Meu pai fala cada m*rda" de Justin Halpern, que por sua vez nasceu como um perfil que ele criou com este mesmo nome no Twitter para compartilhar toda a sabedoria de seu pai, chamado Sam Halpern. A série gira em torno de um jovem desempregado que precisa pedir apoio ao pai excêntrico. O retorno é a sua última opção, porque ele tem sérios problemas com o seu pai, que sempre foi distante e rígido durante a sua infância e adolescência. Sendo o ex-militar clichê, ele tem dificuldades para expressar seus sentimentos e é uma metralhadora de frases politicamente incorretas, grosseiras e insensíveis. Se isso não lembra o pai de ninguém, certamente deve lembrar o avô de algum amigo.

Assim como os problemas que Justin enfrentou na adolescência com o seu pai, algumas pessoas vivenciam essa realidade. Ser pai de um adolescente requer negociação e paciência. Um adolescente está em um momento na vida em que busca saber qual o seu lugar no mundo, mas há pressões externas para que ele seja isso ou aquilo, que se comporte dessa ou daquela maneira ou que não faça isso ou faça aquilo. Para que um adolescente amadureça, primeiro precisa testar seus limites e "empurrar" as fronteiras do que é permitido. É somente com essa busca pela independência que irá se preparar para a vida autônoma de um adulto. Ao mesmo tempo, o pai de um adolescente se esquece com frequência que passou por tudo isso. Se você pai, conseguir ver seu adolescente dessa maneira será muito mais fácil resolver os conflitos de uma maneira que resulte em aprendizado mútuo.

8 de agosto de 2012

The Long And Winding Road pt. 3

Havia limo e goteiras por toda a parte. Ao acordar, Paul se vê desesperado e de dentro do sepulcro cavou sua própria saída. Seus dedos estavam muito machucados. Cambaleando, ele tentou firmar-se na lápide enquanto seu cachorro observava com distância. Então saiu em direção à mansão, que ficava no ponto alto de uma montanha, bem afastada da cidade. Perto da janela, Paul podia escutar Phoebe e Henry dando gargalhadas. Sujo de lama e com os dedos calejados, ele tentou chegar ainda mais perto, mas recuou na tentativa de planejar uma vingança. Paul quebrou uma tábua e conseguiu entrar no porão. Phoebe ouviu um barulho. - "O cachorro deve ter voltado", disse Henry. E lá Paul permaneceu até as luzes da casa se apagarem. 

Phoebe estava deitada em sua cama e desta vez Henry não estava ao seu lado. Paul entrou na suíte, tirou os sapatos e enquanto fazia um rápido curativo observava Phoebe dormindo. Tomou um banho demorado para tirar toda lama e pôs uma roupa nova. Ao chegar à cozinha, ele acendeu a luz e tentou não fazer barulho. Em seguida voltou para o sótão. 

Na manhã seguinte, Phoebe conversava com Henry na porta. E tomou um grande susto, pois tinha marcas de mãos sujas de lama na parede do lado de fora da casa. Phoebe convidou Henry para tomar uma xícara de café e notou que uma maçã estava jogada no assoalho e com uma mordida. - "Algo muito estranho está acontecendo", avisou Phoebe. Henry se prontificou de revistar cada cômodo da casa, lembrou da espingarda que estava guardada no sótão. Enquanto procurava pela arma dentro de um velho baú, recebeu uma forte pancada na cabeça e desmaiou. Minutos depois, Henry acordou sentado numa cadeira atado pelas mãos e pernas e com um pano na boca. Paul apareceu em meio a escuridão e encarou Henry por alguns segundos. Ele não podia acreditar no que estava vendo. - "Você conseguiu uma vez ser mais esperto do que eu, mas é um péssimo médico!", disse Paul. Henry tentou tirar sua mordaça e gritar para Phoebe e então se jogou para o lado fazendo barulho na tentativa de chamar atenção. 

Phoebe percebeu que Henry estava demorando e entrou no sótão para procurá-lo. Ela desceu as escadas, olhando cuidadosamente para os degraus. Ao pisar em um dos últimos degraus sentiu uma agulha sendo injetada na sua perna e adormeceu. Quando se deu por si levou um enorme susto vendo Henry também preso a uma cadeira e Paul ao seu lado. - "Você me deixou esperando aqui há muito tempo, procurando respostas para os erros que estavam em você. Muitas vezes eu fiquei sozinho e muitas vezes eu chorei. De qualquer forma você nunca saberá de quantas formas tentei...", desabafou Paul. Ele subiu para buscar sua maleta recheada de dólares e jogou no chão do sótão. - "É o meu dinheiro que vocês queriam, não é? Aqui está", bravejou. Ensandecido, Paul espalhou gasolina por toda a mansão e ateou fogo. Paul saiu para a rua e de perto assistia tudo. Uma hora se passou. Os bombeiros aos poucos acalmavam as chamas. 

Paul tinha fugido com seu carro e o seu cachorro que lhe acompanhara no banco do carona. No fim da tarde, visitou seu próprio túmulo e o xerife estava lá, apoiado em uma pedra observando a lápide bagunçada. Paul deixou o carro perto de um arvoredo e foi em direção ao xerife. - "Parece que alguém mexeu na sepultura", disse Paul. Ele estava mudado por dentro e por fora e mal podia ser reconhecido. O xerife levantou a cabeça e com calma constatou o fato. - "Eu podia sentir que Paul ainda está vivo..." - disse o xerife. - "Ele deve estar perdido em algum lugar do planeta esperando ser guiado até a porta de saída", sistematizou. Paul então abraçou seu velho amigo antes de ir embora sem dizer adeus e partiu na longa e sinuosa estrada, sem saber onde ela o levaria.

4 de agosto de 2012

The Long And Winding Road pt. 2


Assim se passou meia hora. Antes que se agachasse para pegar o frasco no chão, Henry rapidamente colocou a prancheta com as anotações em seu rosto. - "Xerife, Paul está morto e não temos nada para fazer". O xerife colocou os óculos e olhava atenciosamente cada palavra que Henry havia escrito, enquanto lacravam  o corpo de Paul. - "Hoje, pelo menos, o caso está encerrado", disse o xerife se despedindo de Phoebe. Ela o agradeceu e Henry permaneceu junto dela. - "Quase deu tudo errado!", exclamou Phoebe o enchendo de tapas. O xerife retornou e acabou presenciando tudo, logo Henry largou suas mãos. - "Esqueci a minha arma em cima do balcão", disse o xerife. Ele parecia ter desconfiado de alguma coisa, pegou sua arma com destreza e saiu pela mesma porta. - "Ele não brinca em serviço", sussurrou Phoebe, sacudindo as cinzas do cigarro no cinzeiro. Assim continuaram uma longa conversa sobre como seria realizado o funeral, até que Henry se despediu de Phoebe.

No dia seguinte, Phoebe acordou bem cedo e avisou todos os familiares de Paul. Em mãos, levou o atestado de óbito para o xerife Bree que se encarregou de grande parte dos afazeres. Já eram 8 horas. Havia parado de nevar. Phoebe permanecia calada e Henry estava afastado da multidão. Phoebe continuou na cerimônia até que tivesse total certeza de que ele estaria coberto de terra a sete palmos do chão. E assim que viu seu marido sendo enterrado, Phoebe voltou para o seu lugar e ensaiou um choro de cinema no ombro de uma senhora desconhecida por ela. Tudo saiu como esperado.

Phoebe esperava Henry na mansão. 
Era noite, chovia e ventava muito lá fora. Henry entrou rapidamente pela porta principal, pegou uma garrafa de whisky na sala e subiu para o quarto. Phoebe ouviu um barulho e chamou por Henry no seu quarto. E colocou "The Long And Winding Road" dos Beatles para tocar num disco de vinil. A longa e sinuosa estrada que leva até sua porta, jamais desaparecerá, eu já vi esta estrada antes. Ela sempre me traz até aqui, conduz-me até sua porta. Na noite selvagem e tempestuosa que a chuva eliminou, deixou uma piscina de lágrimas chorando pelo dia. Por que me deixar aqui sozinho? Mostre-me o caminho.


Phoebe e Henry estavam comemorando a vitória. O cachorro policial de Paul não parava de latir um minuto apenas. - "Esse cachorro está assim desde que Paul se foi, vou dar um jeito nisso!", disse Phoebe saindo do cômodo. Henry seguiu Phoebe, caso ela fizesse alguma besteira. Quanto mais perto ela chegava do canil, ainda mais o cachorro latia. Phoebe abriu o cadeado do portão de arame e o cão saiu correndo em direção à estrada no meio da chuva. Eles retornaram para a mansão e foram contemplar o dinheiro que Paul havia deixado como herança. O cachorro guiado pelos seus sentidos chegou ao cemitério onde Paul tinha sido enterrado. Deitado sob a intensa chuva permaneceu ao lado da lápide. Subitamente, Paul abriu os olhos como se estivesse lutando para emergir de um lago escuro. Não, Paul não havia morrido.

Leia a terceira parte desta série, aqui.

3 de agosto de 2012

The Long And Winding Road pt. 1

A série a seguir foi escrita pensando em quem aprecia estórias de suspense policial, envolvendo crime passional fictício. Longe dos cinemas, este é um prato cheio para aguçar o imaginário. As imagens são meramente ilustrativas e não possuem relação com as obras reais. Acomode-se e faça boa leitura acompanhado de um pacote de pipocas.

 A HISTÓRIA


Inverno de 1974. Lá fora a neve continuava a cair silenciosamente na escuridão da madrugada. Quando se levantou e olhou pela janela, seu carro se transformara numa colina branca e fofa à beira da estrada. Phoebe serviu o café e sussurrou baixinho no ouvido de Henry, que estava deitado na cama do albergue: "Está combinado, irei colocar a dose certa de veneno na sua bebida durante uma ocasião especial em que eu mesma farei com minhas próprias mãos". Phoebe guardou o frasco na bolsa e se despediu, dando-lhe um último beijo.

Henry era médico e planejou o assassinato. Com cautela, ela entrou na mansão antes do amanhecer. Acendeu um cigarro e planejou os detalhes finais para que o plano de envenenar seu marido fosse executado com precisão. Pouco tempo de romance foi o suficiente para desejarem o dinheiro de Paul.


Phoebe esperou ansiosa pela chegada de seu marido, preparou um jantar feito com maior dedicação e colocou o vestido que havia ganhado no outro dia. Paul admirado sentou-se à mesa e foi logo dizendo que ela estava linda. Após um dia cansativo aquele jantar parecia revigorante para mais um dia de trabalho. Enquanto Paul jantava, Phoebe foi até a cozinha e serviu duas taças de vinho tinto. Era o seu preferido. Ficou em dúvida se colocaria ou não o veneno na sua bebida, mas não hesitou. Em um mero instante, Phoebe se distraiu e esqueceu qual taça havia envenenado. Tentou voltar para servir novamente, mas Paul insistiu que ela as trouxesse. Phoebe guardou o frasco no decote e voltou para a mesa de jantar. Paul pegou uma das taças e a convidou para brindar ao amor que um sentia pelo outro. Phoebe ficou ainda mais nervosa. Sem saber o que fazer, disse que havia perdido o apetite, mas Paul fez questão que ela brindasse. Sem saída, pegou uma das taças e apenas encostou os lábios no vinho, até que finalmente bebeu um gole. O clima ficou tenso. 

Minutos se passaram. Paul sufocado caiu no chão, ficou pálido e inconsciente, enquanto Phoebe assistia minimamente. Parecia que Paul estava morto, mas com muito esforço conseguiu abrir os olhos novamente. Phoebe desesperada gritou para que não lutasse contra a morte, pois sua hora de partir tinha chegado. Paul tentou reagir segurando em suas pernas e fez com que ela caísse, mas não resistiu e morreu. Desorientada, Phoebe ligou para Henry: "O trabalho está feito. Paul caiu no chão da sala e agora não sei o que fazer", desesperou-se. - "Mantenha a calma Phoebe, ligue para o xerife Bree e logo estarei aí com ele. Não deixe evidências e nada que possa nos incriminar!", disse Henry do outro lado da linha. Henry fingindo ser o médico da família, acompanhou o xerife para examinar o corpo e averiguar o caso. Phoebe colocou um roupão, bebeu vários copos de vinho e fingiu estar abatida. Tempo depois, xerife Bree chegou acompanhado de enfermeiros e policiais que entraram pela porta principal. Phoebe comunicou o xerife com muita veracidade em sua lamentação, enquanto Henry fazia uma rápida análise no corpo para constatar os fatos. Phoebe fingindo tristeza começou a chorar desesperada.

Sentada em uma poltrona no canto da sala, Phoebe fumava um cigarro atrás do outro, respondendo dezenas de perguntas. Xerife Bree era amigo de Paul e não podia se quer imaginar que Phoebe teria envenenado seu próprio marido. Ela olhava discretamente a cada minuto para Henry, que fazia anotações num bloco de notas. De repente, Phoebe observou que o frasco de veneno estava no chão e fazia sinal para Henry acendendo o isqueiro. O xerife andava de um lado para outro procurando por evidências. Foi aí que pisou em cima da pista que desvendaria o crime cometido naquela noite.

Leia a segunda parte desta série, aqui.
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