28 de março de 2017

Restaurador descobre 'Atlântida' perdida no RS

Na tarde deste último sábado (25), a cidade de Cachoeira do Sul, na região central do RS, foi agraciada com dois grandes presentes: a inauguração do restauro do Chatodô (Château d'Eau, em português "Castelo d'Água"), principal cartão-postal que ressurge em sua imponência, e o tombamento do mesmo como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio Grande do Sul. Veja como ficou o resultado final:


Foto panorâmica da Praça Balthazar de Bem: o Chatodô e o Paço Municipal (ao fundo) revitalizados (Crédito da foto: Gustavo Weiss)

CIDADE PERDIDA DE ATLÂNTIDA 

Em palestra no Orlando Plaza Shopping, o restaurador Antônio Sarasá, proprietário do Estúdio Sarasá, empresa de São Paulo responsável pelo trabalho, revelou descobertas surpreendentes sobre Cachoeira e o Chatodô. Para ele e sua equipe, essa é a "cidade utópica" descrita pelo filósofo grego Platão, tendo como base a lista de elementos simbólicos que contribuem para tal conclusão, como a presença de Netuno (ou Poseidon, deus dos mares e oceanos. Situado no topo do antigo reservatório) e das ninfas (protetoras das águas. Dispostas ao redor), a vista do alto do monumento e as lavouras de arroz que rodeiam o município, intitulado Capital Nacional do Arroz. 

DESVENDANDO MISTÉRIOS

De acordo com Sarasá, o próprio desenho da disposição do Chatodô é similar aos textos que descrevem Atlântida, a cidade perdida. Ainda segundo o restaurador, as 12 palmeiras no entorno podem ter relação com os meses do ano e com o Zodíaco, reforçando a teoria que a torre seja uma espécie de relógio solar. Além disso, há um enigma nas formas geométricas que circundam a praça. As estrelas desenhadas no chão apontam para o sol em um dia específico do ano, como explica Sarasá. "Conforme o período do ano, podemos observar que apenas Netuno fica iluminado pela luz solar. Em outros períodos, as colunas são iluminadas de maneira diferente. Parece que pegam fogo", disse ele, em entrevista ao jornal O Correio. 

CURTA-METRAGRAM

Em homenagem à reinauguração do Chatodô, o fotógrafo e produtor de filmes Cristianno Caetano lançou um curta-metragem intitulado "A Volta do Castelo D'Água", em parceria com a Pró Saúde Multiclínica. A produção contou com um elenco de mulheres cachoeirenses que encenaram as ninfas. O jornalista conterrâneo Alexandre Garcia compartilhou o vídeo em sua página no Facebook: "Nasci ao lado do Château d'Eau, lugar das brincadeiras da infância, após 90 anos restaurado e dando vida às suas ninfas e ao Netuno", escreveu. 

Assista ao curta "A Volta do Castelo D'Água":



SAIBA MAIS 

O Chatodô é um torreão vazado em estilo neoclássico, com colunas dóricas no térreo, jônicas no primeiro andar e coríntias no último lance. Foi construído com a finalidade de levar água ao reservatório de distribuição na Rua Júlio de Castilhos e, ao mesmo tempo, regular a pressão da água nas zonas mais elevadas da cidade, até que foi desativado em junho de 1970. 

A restauração iniciou no começo de maio de 2016, obra executada por técnicos do Estúdio Sarasá, que custou R$ 1,1 milhão e foi patrocinada pela Corsan. Agora revitalizado o Chatodô retornou à sua pintura original, na cor ocre (amarelo-escuro).

Durante a cerimônia de inauguração do restauro, a professora e pesquisadora Mirian Ritzel, representante do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Cachoeira do Sul (Compahc), destacou que preservar bens históricos e culturais é preservar a identidade de um povo. Na ocasião, o presidente da Corsan, Flávio Ferreira Presser, ressaltou a importância de conservar os nossos recursos hídricos e o nosso patrimônio.

Após a solenidade, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) realizou um concerto com entrada franca, na Igreja Matriz. 

CURIOSIDADES

Seu projeto arquitetônico foi elaborado pelos engenheiros Walter Jobim e Antônio de Siqueira em 1925, no governo do Dr. João Neves da Fontoura. As esculturas (Netuno e grupo de ninfas) foram feitas nas oficinas do aclamado escultor João Vicente Friedrichs, em Porto Alegre, sob a direção do professor Giuseppe Gaudenzi, escultor italiano radicado na capital gaúcha. 

Junto ao Paço Municipal (reformado recentemente) e à Catedral Nossa Senhora da Conceição (em reforma), o Chatodô integra um sítio histórico na Praça Balthazar de Bem, formando um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do Rio Grande do Sul.

25 de março de 2017

Apresentadora do Lollapalooza na Globo, MariMoon dá cinco dicas para curtir o festival

Neste fim de semana o festival Lollapalooza vai tremer o Autódromo de Interlagos em São Paulo. Durante os dois dias de evento, o público pode conferir mais de 40 atrações internacionais e nacionais, como Metallica, The Chainsmokers, The Strokes, Martin Garrix, The Weeknd, MØ, Criolo, Suricato e BaianaSystem. Esse é o maior festival de música alternativa da América Latina, que neste ano chega à sua sexta edição. 

A Rede Globo vai transmitir os melhores momentos do Lollapalooza com apresentação da blogueira MariMoon. O especial vai ao ar neste sábado (25) após o programa Altas Horas às 0h25, e no domingo (26), depois do Domingo Maior, às 0h15. No sábado seguinte, dia 1º de abril, a Globo exibe um compilado dos shows após Supercine, na faixa das 2h20. Essa é a segunda vez consecutiva que MariMoon comanda o festival na telinha. Em entrevista exclusiva ao Tudo Improviso, a apresentadora fala sobre carreira e vida pessoal, comenta o Lollapalooza e dá dicas para aproveitar ao máximo o festival.


(Reprodução/ Facebook)

QUEM É MARIMOON

A paulistana Mariana de Souza Alves Lima, 34, conhecida pelo nome artístico de MariMoon, ganhou fama na internet no início dos anos 2000, tornando-se a primeira influenciadora digital do Brasil a migrar para a TV, quando assumiu o posto de apresentadora na extinta MTV em 2008, logo depois de ter sido nomeada embaixadora da marca de calçados Melissa. MariMoon ficou conhecida em todo o país no comando dos programas Scrap MTV e Acesso MTV, ao lado da gaúcha Titi Müller, até pouco tempo antes do fechamento da emissora. Com mais de 3,7 milhões de seguidores nas redes sociais, a garota dos cabelos coloridos se tornou referência na web e virou ídolo teen, abordando temas como moda, arte, cultura, comportamento, música e tecnologia. Atualmente está presente na Globo, Multishow e no Canal do Cliente SKYConfira na íntegra o bate-papo com MariMoon:

1) O que o público pode esperar desta edição do Lollapalooza?

MM: O Lollapalooza é um festival que mistura super bem estilos (tem r&b, rap, indie pop, heavy metal, mpb, vintage pop anos 80...) e artistas com nomes grandes a pequenos, gente que já veio e gente que tá pisando aqui pela primeira vez.... E o bom disso é que podemos esperar também uma ótima mistura de público! Esse ano tem a super banda de heavy metal Metallica trazendo o álbum que dizem ser o melhor trabalho recente deles, tem os ingleses do The XX que tem um som muito doido e um último disco lindíssimo pra mostrar, tem também muita música eletrônica com DJs/produtores como Flume, The Chainsmokers, Nervo, Marshmello... Enfim, uma mistura bem gostosa! 


(Reprodução/ Instagram)

2) "Celular deixou público comportado. Eu sempre acho que as pessoas vão se arrepender de não guardar o show no coração ao invés de guardar no celular", disse James Hetfield, vocalista e guitarrista do Metallica, uma das grandes atrações do Lollapalooza, em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Você, que é uma das maiores influenciadoras digitais do Brasil, concorda com esta declaração?

MM: Eu, mais do que ninguém, entendo a vontade que a galera tem de registrar cada momento. Acho que vale usar o celular também pra fazer luzinha na hora de cantar a sua música preferida e também, é claro, postar um pouquinho no story pra registrar no seu diário, mas não tem sentido gravar uma música inteira, por exemplo. A qualidade fica péssima e se quiser rever o show, certamente vai achar na internet uma versão bem gravada pelos canais de TV. Acho que o que ele quis dizer é que a magia do show é viver aquele momento e isso você não consegue registrar com o celular. Vale a dica!

3) Qual é o show mais aguardado por você no Lollapalooza? Falando nisso, tem algum músico ou banda que nunca esteve no palco do festival e você sente falta?

MM: Eu poderia dizer que The XX é uma banda que eu estou ansiosa pra assistir, porque nunca os vi ao vivo. Eles já vieram ao Brasil, mas eu não pude ir. Eu falei um pouco  sobre eles e outras atrações que eu acho imperdíveis desse Lollapalooza lá no meu canal youtube.com/MariMoon. Vale a pena conferir! 

Eu queria muito que a Lana Del Rey tivesse vindo. Como ela vai estar no Lolla de Paris, achei que ela podia ter vindo matar a saudade dos fãs brazucas! 

4) Quem vai no Lollapalooza pela primeira vez, o que não pode deixar de levar? Dê sugestões de como aproveitar ao máximo o evento.

MM: Acho que o principal é se precaver e alinhar o look com o clima. Como o outono chegou com força, se prepare pro friozinho. Mas sempre monte um look mais descolado e livre, pra poder sentar no chão e dançar a vontade. Calçados sempre super confortáveis pros pés não tirarem o seu bom humor. Beba muita água e, se for chegar durante o dia, passe e leve protetor solar! Outra boa ideia é já olhar bem o lineup e fazer um planejamento das atrações que você não quer perder, tudo anotado com horário dos shows, nomes dos palcos, essas coisas porque o evento é enorme e demora um tempão pra atravessar de um lado pro outro. Do mais, leve boas vibrações e muito fôlego pra curtir ao máximo!


(Reprodução/ Facebook)

5) É perceptível a sua mudança desde os tempos de MTV. Você emagreceu, diminuiu as cores dos cabelos e começou a fazer declarações mais intimistas, tornando pública a sua luta contra a depressão, além de assumir a bissexualidade e posar nua. Você acredita que esta mudança foi provocada com a sua saída da emissora? Quais são as consequências disso na sua vida pessoal e profissional?

MM: Uhmmm, na verdade a primeira vez que eu falei publicamente que era bissexual foi em 2003 numa revista e depois em rede nacional em 2006 na Mtv (no vidalog antes mesmo de virar VJ), daí falei de novo em diversas entrevistas. 

Na mesma época que eu saí da Mtv (fim de 2012) eu também resolvi parar de tomar anticoncepcional por motivos de saúde. Eu sofro de uma doença chamada "Síndrome do Ovário Policístico", que desregula os hormônios e causa muitas muitas espinhas entre outros problemas chatos. Eu tomava as pílulas pra melhorar a aparência da pele, e como eu tinha saído da TV eu resolvi tentar um detox (tomei pílula dos 14 aos 30). Essa escolha exigiu de mim uma vida mais regrada, pra tentar controlar a doença de outra maneira. Fui meio que obrigada a me alimentar melhor, praticar mais exercícios e comecei a cuidar não só do corpo, mas da mente e da alma. Muita meditação e muitos estudos! Foi ótimo.

Sobre a depressão, eu sofro disso há muito muito tempo, mas decidi que só ia falar sobre o assunto quando eu tivesse capacidade de orientar as pessoas para alguma saída. Eu tenho muita gente prestando atenção no que eu falo e eu quero o melhor pra eles sempre, então quando senti que estava melhor e pronta pra falar, me abri sobre o assunto. Aos poucos estou compartilhando com eles o que eu estou encontrando como o meu caminho. 


(Reprodução/ Facebook)

Nesse processo todo eu tenho trabalhado bastante com a minha auto estima e amor próprio. Lá no começo dos anos 2000 eu descobri e desenvolvi isso através das selfies (ainda não tinha esse nome) numa época em que ainda havia muita crítica (o famoso "ai, você se acha, né? menos, queridinha... menos..." que é o maior boicote ao amor próprio). Considerando também que eu cresci num ambiente muito artístico e sempre amei os retratos artísticos da nudez humana, acho que era natural desejar fazer um nu artístico meu. Eu já tinha feito muitos nudes particulares (é ótimo para se conhecer melhor), mas nunca com um fotógrafo e muito menos publicado pro mundo. Mas como eu já estava bem melhor comigo mesma, estava corajosa e forte o suficiente pra encarar as críticas, aceitei o convite do fantástico Fernando Schlaepfer, um fotógrafo que eu sempre admirei e que estava desenvolvendo o projeto #365nus que é simplesmente maravilhoso. E o ensaio me fortaleceu mais ainda!


MariMoon posa nua no deserto de Death Valley, Califórnia (Reprodução/ Instagram)

O cabelo tá com menos cor porque esse é o estilo eu ainda não tinha explorado até agora (nesses 15 anos de cabelo rainbow). Me bateu uma saudade e curiosidade de ver meu cabelo de verdade e eu fiquei a fim de ter esse mix de colorido com natural. Alguma hora ele vai começar a ficar branco, então eu preciso aproveitar, né?

Resumindo à sua pergunta, a verdade é que eu sempre vivi em meio a muita turbulência, muita desconstrução, muita reconstrução e isso continua em processo. É meio sofrido, mas é através da evolução que a gente se fortalece. Precisa sair da zona de conforto pra chegar num lugar melhor.

6) A audiência da antiga MTV era basicamente jovem, e o seu público também. Mas quem lhe acompanhava naquela época, hoje já deixou a adolescência. Como é amadurecer junto com o seu público e conseguir se manter na mídia em todos esses anos sem perder a sua essência?

MM: É maravilhoso ver que muitos ainda me acompanham e me apoiam em todos os trabalhos que faço e que tem um público novo chegando também. Todos nós amadurecemos, eu e eles. O tempo passou e eu ainda sou fiel a minha essência, independente da cor do cabelo ou do estilo de roupa, não mudei pra agradar, não tentei fazer algo que não tinha a ver comigo, mas ao mesmo tempo fiz muitas muitas coisas diferentes. A galera entende isso, admira minha postura e depois de todos esses anos de internet e Mtv a gente sempre se encontra. Seja na internet ou pessoalmente. 


(Reprodução/ Facebook)

Hoje eles estão trabalhando e eu fico super orgulhosa quando vejo eles todos maduros com suas carreiras, realizando seus sonhos. Muitos me agradecem por ajuda-los a se aceitar, por ajuda-los a sair do armário, a lidar com dificuldades da vida, enfim... Cada um tem uma história e eu fico super feliz de verdade por ter ajudado de algum jeito. Se eu puder continuar na vida deles de alguma maneira, melhor ainda! Sem falar que eu me sinto mais a vontade pra falar de assunto mais maduros também! Sinto que ainda estou descobrindo isso tudo nas minhas redes, que é onde estamos em contato. Escrevo muitas coisas profundas no instagram e estou aprendendo aos poucos a usar o youtube pra falar algumas coisas também. É que eu sou da geração blog, então pra mim sai mais fácil quando eu escrevo. 

7) Você é tida por muitos como uma referência de coragem e liberdade. É fácil representar "o diferente" num meio tão padronizado como é a televisão? Afinal de contas, é raro ver apresentadoras de cabelos coloridos em programas na TV aberta, ainda mais no Brasil - acredito que você seja a única aqui. Como é enfrentar este desafio?

MM: Na minha vida eu sempre tive que lidar com essa questão de ser diferente. Você já deve ter me visto falar sobre bullying... Mas eu tive o Tim Burton pra me dizer com seus filmes que os seres exóticos e diferentes muitas vezes são os mais legais e que a sociedade faz escolhas bem equivocadas que devem sim ser questionadas. 

Infelizmente o diferente é normalmente excluído ou obrigado pela sociedade a mudar para se encaixar. Eu ouvi a vida toda que eu estava errada de ser assim, que devia ser igual à maioria, tive assessores dizendo que eu devia ficar loira, figurinistas tentando mudar meu estilo, sempre tem alguém querendo me mudar pra me encaixar e diversas vezes eu cheguei a me questionar se eu devia. Mas hoje em dia as coisas mudaram muito. Ter cabelo colorido é algo mais comum e o meu estilo, que era esquisito, hoje já é tendência, falar de diversidade e empoderamento feminino é quase mandatório. Ainda bem! 


(Reprodução/ Facebook)

E agora que há mais referências do meu universo, as pessoas conseguem bater o olho e me conectar mais facilmente com o os assuntos que eu falo: festivais de música, moda alternativa, girl power, diversidade, consciência socio-ambiental, etc. Vejo isso de maneira positiva. A Globo tá me colocando lá pra apresentar sozinha um programa de música, isso é uma grande prova de que o diferente se tornou interessante.

8) Por outro lado, a internet está mudando o comportamento da sociedade com o acesso à informação, redefinindo conceitos e mudando a forma de pensar (ou pelo menos, assim deveria ser). Com o rumo que a humanidade está tomando, como você enxerga a geração de jovens no futuro?

MM: A tecnologia é uma arma que pode ser usada pro bem ou pro mal. A internet pode te trazer informação, cursos gratuitos, aproximar minorias, unir pessoas para refletir e criar soluções ambientais e políticas. Mas também pode alienar, isolar, estimular um consumo desenfreado, inveja, etc. Mas prefiro acreditar que cada vez mais tem gente usando essa ferramenta incrível pra evoluir, mudar o mundo, salvar o planeta, ajudar os outros e viver melhor como sociedade. Nunca se falou tanto em empoderamento, em diversidade, em alimentação saudável, em escolhas socio-ambientais... São muitas petições sendo divulgadas, os consumidores exigindo negros e casais gays nas publicidades, criticando posicionamentos machistas até a empresa mudar totalmente a postura como foi com a Skol, ou pedindo o fim de testes em animais como foi com a Lush que hoje é o extremo oposto. Eu prefiro acreditar que vai dar tudo certo!

9) Recentemente você entrevistou o ator Hugh Jackman, o Wolverine de X-Man, que veio ao Brasil anunciar Logan, seu último filme no papel do personagem. Como foi a experiência de conhecê-lo pessoalmente? Aproveite para contar qual foi a entrevista mais importante que você já fez na sua vida e quem mais lhe surpreendeu positivamente durante o papo. 

MM: Foi uma delícia! Eu sempre fui fã do Wolverine desde pequena e acho que ele é, de todo o elenco, um dos que mais representou com fidelidade. O Hugh é um amor, foi um querido com todos que o entrevistaram e eu tive a oportunidade de entregar a ele uma geléia caseira de tangerina da minha família. Ele disse que é justamente o que mais gosta de comer no café da manhã. Fico aqui agora imaginando ele comendo a geléia no café da manhã! Hahhaha!!! Foi demais. É ótimo quando o entrevistado está curtindo a entrevista. Outra entrevista que teve um ótimo resultado foi com o elenco de "O Lar das Crianças Peculiares" do Tim Burton, que eu fiz lá no Youtube Space de Londres. Entreguei a eles doces brasileiros e todos curtiram demais. 

10) Mari, que novidades você pode adiantar para os fãs neste ano?

MM:
Ixe. Não tenho nada que eu possa adiantar. Esse ano eu sigo como apresentadora da Sky e do Lollapalooza na Globo. Meu youtube tá lá com 2 videos por semana, meu instagram eu estou fazendo bastante story agora e como sempre vou viajar bastante, hehehe. Mais um ano na incrível vida de MariMoon!  

11) Para encerrar a entrevista, tem algo que você aprendeu recentemente e gostaria de compartilhar?

MM: Independente de como você entenda essa fonte de vida do universo... Deus? Mãe Natureza? Enfim. Ela está fluindo energia pra dentro de você (é o que te faz vivo) e me parece que, como uma torneira, você pode aumentar ou reduzir o fluxo. Nesse período turbulento de muitas reestruturações eu aprendi que algumas coisas aumentam esse fluxo, te fazendo sentir melhor e atraindo mais coisas boas pra sua vida. Um corpo mais saudável (alimentação, exercícios, hidratação), uma mente mais tranquila (meditação, terapias, estudos sobre o assunto) e agradecimento (faça uma lista, das coisas mais importantes às mais bobas) certamente abrem mais essa torneira. Eu li muito que é mais fácil melhorar o universo ao nosso redor se a gente melhorar o universo interior. Eu comecei a entender melhor essa frase nos últimos anos. Faz todo sentido. Então se você quer ter uma vida melhor pra si e viver numa sociedade mais agradável, pode começar por aí.

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Você encontra tudo no meu site: marimoon.com.br
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VOCÊ SABIA?

Se você assistiu à animação Detona Ralph da Disney, deve ter percebido que a voz da protagonista Vanellope Von Schweetz na versão dublada é de MariMoon. O diretor Rich Moore confirmou a sequência do filme e traz a blogueira de novo dublando a personagem. O filme tem data de lançamento prevista para 9 de março de 2018 nos EUA.

Veja abaixo mais fotos recentes de MariMoon:


(Reprodução/ Tumblr)


MariMoon em estrada da Califórnia (Reprodução/ Instagram)


(Reprodução/ Facebook)


(Reprodução/ Facebook)


MariMoon em Londres (Reprodução/ Pinterest)


(Reprodução/ Facebook)


(Reprodução/ Instagram)


(Reprodução/ Facebook)


(Reprodução/ Facebook)

22 de março de 2017

É antigo, mas é legal: a paixão por antiguidades

Por que jogar fora se você pode restaurar? O que para alguns é lixo, para outros é paixão. Revirando o baú você pode encontrar peças, brinquedos, livros e outros objetos antigos que não vê há muito tempo e talvez nem se lembrasse de sua existência. Eles poderiam ser doados, mas há coisas que carregam um valor sentimental, por isso, às vezes, é difícil passá-las adiante. Confira relatos de leitores que têm grande apreço por relíquias e não se desfazem delas por nada.

PAIXÃO PELO ANTIGO

Apaixonado por veículos antigos e relógios a corda, o estudante de Sistemas de Informação Patrick Scherer Fontoura, 22, é um dos organizadores do clube de fusca de Cachoeira do Sul Air Cooled Club, no Rio Grande do Sul. Sua relação com este veículo começa na infância, quando assistiu ao filme “Se meu fusca falasse” (1968). “A paixão foi instantânea, e como sonho de menino, coloquei na cabeça que um dia eu teria um fusquinha. A partir dali fui juntando dinheiro”, conta. Terminada a carteira de habilitação, Patrick adquiriu seu primeiro fusca, um Volkswagen 1300, carinhosamente chamado de Laranja Mecânica.


Patrick com o seu maior xodó: um fusca laranja

O estudante acredita que uma boa parcela de cachoeirenses aprecia antiguidades. Tal como mostrado no poema “Vou-me embora pro passado”, de Jessier Quirino, Patrick fala que é importante preservar o passado, pois, para ele, preservar o que é antigo é manter vivas as lembranças que aquele objeto traz para cada um. 

Patrick afirma que a fama do fusca se dá pela sua simpatia e robustez, pois vemos carros deste modelo com mais de 50 anos rodando pela cidade. “As histórias dos fuscas fazem muitas pessoas lembrarem, por exemplo, de pais e familiares que tiveram”, justifica.

O CLUBE 


Foto aérea do encontro de fuscas ao redor do Chatodô, cartão-postal de Cachoeira do Sul

Segundo Patrick, o clube era uma ideia que já vinha sendo fomentada há algum tempo. “No começo o grupo reunia mais ou menos uns 10, hoje já estamos beirando os 40 associados. Ainda temos alguns companheiros da região, como Paraíso do Sul, Novo Cabrais e Agudo”, destaca. Os encontros acontecem todos os domingos em postos de gasolina ou praças. 

VINTAGE X RETRÔ

Vintage: peças pertencentes a outras décadas, pertenceu a seus avós ou bisavós.

Retrô: peças novas produzidas com estilo antigo, um relançamento.

Fonte: blog Vintage e Retrô.

FANÁTICA POR ÔNIBUS

A estudante de Psicologia Luciane Barbosa da Rosa, 22, que trabalha na empresa Transportes Nossa Senhora das Graças (TNSG), uniu a paixão pelos ônibus com a profissão. Luciane é uma busóloga, que nada mais é do que um hobby de pessoas que são grandes apreciadoras de ônibus. Essas estudam a história dos ônibus, os sistemas de transportes, as empresas operadoras, seus fabricantes, motores e carrocerias, colecionando miniaturas, desenhos, pinturas e fotografias e participando, ainda, de encontros, exposições e debates ligados aos mesmos. “Os busólogos amam estar nos ônibus, ouvir os sons dos motores, e reconhecem seus ônibus preferidos pelo som. São pessoas que vivem buscando informações acerca dos mesmos e não se cansam nunca”, resume.


Busóloga, Luciane sonha em ter a sua própria frota de ônibus

COLEÇÃO DE MINIATURAS – Luciane é apaixonada por ônibus desde os 12 anos de idade e aos 17 começou a fotografá-los. A partir de então decidiu que seu sonho era ser cobradora para, assim, ficar mais perto deles. “Como cobradora, meu amor por ônibus só cresceu”, conta a estudante, que mesmo não ocupando mais este cargo não fica longe dos coletivos. Além dos ônibus, Luciane aprecia carros antigos, trens, navios e aviões, desde os primeiros modelos até os atuais. “Tenho uma coleção de ônibus e aviões em miniatura que guardo com maior carinho e amor do mundo”, disse.

DAS PLANTAÇÕES ÀS TVS

Quem conhece o empresário Silvio Mendes da Silveira, 71, sabe que ele vive no meio das TVs, não dentro das telas, mas nos seus circuitos. Isso porque ele atua há 47 anos no ramo da eletrônica consertando aparelhos como TVs de tubo, LCD, plasma e LED, DVDs, sons e fornos micro-ondas. “Comecei consertando rádios de pilha, que é a mesma coisa que celular hoje”, lembra.


Há quase cinco décadas consertando TVs, Silvio exibe uma Philips CTO (mais à frente) projetada na Holanda e fabricada no Brasil, super-resistente a queda de luz, raridade da década de 70 que permanece funcionando até hoje

Natural de Encruzilhada do Sul (RS), Silvio foi agricultor, mas deixou as plantações de trigo devido às dificuldades para se dedicar ao reparo de eletrodomésticos, principalmente televisões, das antigas até as mais novas. Na década de 60, Silvio trabalhou na Comunicação Social do Exército Militar, como operador de rádio. A partir de então, fez vários cursos de eletrônica, de especialização e análise de circuitos.

TVS ANTIGAS X TVS MODERNAS

Segundo o empresário, um dos defeitos mais comuns apresentados pelos televisores são as quedas de energia elétrica. “A rede é de dois fios na cidade e toda vez que há queda dá uma descarga elétrica na TV”, explica. Silvio fala que as TVs antigas levam vantagem nesse sentido, isso porque elas são mais resistentes que as modernas. “Elas têm peças rústicas, que são mais resistentes. As novas têm microprocessadores que são mais sensíveis”, justifica. Para Silvio, conservar antiguidades é preservar a história para, assim, passá-la às novas gerações.

DE PAI PARA FILHO

O comerciante Carlos Alberto Marques Borges, 42, coleciona itens relacionados à indústria automobilística, como miniaturas, e junto a estes itens alguns carros, motos, bicicletas, placas decorativas e motores. Ele e o pai têm muito mais do que o mesmo nome em comum: a paixão por automóveis. “Por acompanhá-lo desde pequeno na manutenção de seus carros, montamos uma oficina própria para a restauração de nossos veículos”, orgulha-se.


“Cada carro antigo que adquirimos é como um integrante da família. Não são escolhidos, vão surgindo e ocupando seu lugar”, fala Carlos Alberto ao lado de um Ford Sedan Modelo A 1929 quatro portas

VALORIZAR O QUE TEMOS 

Carlos acredita que a população de Cachoeira não aprecia como deveria seu patrimônio antigo, pois, para ele, se assim fosse não estaríamos com as praças da cidade no mau estado de preservação em que se encontram, nem teriam carros lanches e camelódromos, já que esses estragam o visual dos espaços. 

“Não vejo carros antigos nas ruas, vejo carros velhos, os antigos ficam guardados (e bem guardados), só saindo em ocasiões especiais”, observa. Para o comerciante, a importância de preservarmos o passado é para sabermos de onde viemos e apreciar o devido valor aos avanços que tivemos.

Fonte: Revista Linda - ano 9, nº 110, janeiro e fevereiro de 2017 (adaptado).

Texto: Gabriel Rodrigues.

Revisão: Marielle Rodrigues de Oliveira.

19 de março de 2017

20 dicas de como não ser corrupto no Brasil

Não ser corrupto no país da corrupção parece uma piada, pois o "jeitinho brasileiro" é um padrão de comportamento já arraigado na nossa rotina, tanto que passamos a repeti-lo automaticamente. É uma atitude vista como normal, mas que na essência é anormal. O Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol, do carnaval e da corrupção. Não é para menos, estamos em 79º lugar na lista dos 176 países mais corruptos do mundo, como aponta o estudo feito pela Transparência Internacional em 2016.

A carne que compramos é podre, disfarçada com ácido e contaminada com salmonella. O frango também não escapa, ele é feito com papelão. Os embutidos? É acrescentada cabeça de porco em sua composição. O leite é adulterado com formal, soda cáustica e água oxigenada. Na cerveja, muito mais que cevada, vai milho. Os legumes, frutas e verduras, são infestados de veneno (ou agrotóxico, como preferir). Dentro dos remédios, uma mistura de farinha. Como será que o corpo reage a tudo isso? Câncer. Os casos da doença aumentaram 31% no Brasil em 15 anos, sendo a segunda maior causa de morte no país, ficando apenas atrás das doenças cardiovasculares. É o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Para piorar a situação, mentiras eleitorais, eleitores acéfalos, roubalheira na política e milhões desviados dos cofres públicos. Enquanto isso, as áreas prioritárias como a saúde e educação sobrevivem a duras penas. Ainda querem acabar com o direito à aposentadoria. É o que estão chamando de Reforma da Previdência, proposta do governo Temer enviada ao Congresso Nacional. Entenda a situação no vídeo ao final do post.


E o que podemos fazer diante dessa triste realidade? Para mudar o Brasil, comecemos por transformar a nós mesmos e nossas famílias. Faça sua parte, seja você o exemplo e exija do próximo apenas o que você for capaz de fazer. Mas será que estamos mesmo fazendo a coisa certa? Não adianta querer que os políticos sejam honestos se eles saíram do meio desse povo. Vale refletir: o que você faria se tivesse acesso à milhões de reais que não são seus? Pensando nisso, montamos um guia prático de como não ser corrupto no Brasil. São 20 práticas de corrupção cotidianas que devemos repensar.

1) Não imprima documentos pessoais na impressora do trabalho. Isso engloba desde trabalhos acadêmicos, contratos e por aí vai.

2) Se encontrar algo perdido, devolva! Não leve para casa o lápis do trabalho ou de um colega. Nunca pegue o dinheiro que você viu cair do bolso da calça de alguém ou sabe de quem é, de uma carteira sem dono ou de cargas de veículos acidentados nas estradas.

3) Devolva o dinheiro do troco que te dão a mais.

4) Não compre CDs ou DVDs piratas. Ao invés de apoiar a pirataria, ajude um artista. Isso vale também na hora de baixar programas e jogos piratas em um site ilegal. Não venda produtos falsificados e/ou contrabandeados.

5) Não trapaceie quando fechar um negócio, enganando o comprador ao esconder um defeito no seu carro ou no seu celular, por exemplo.

6) Não estacione em locais proibidos e não suborne ou tente subornar quando for pego cometendo infração de trânsito ou de qualquer outra natureza.

7) Nunca troque seu voto por dinheiro ou benefícios próprios, como emprego, material de construção, cesta básica, combustível, etc. 

8) Não fure filas, nem atendimentos ou assentos prioritários destinados exclusivamente para idosos e pessoas com deficiência. Tampouco importa se você estiver na fila do supermercado, no banco ou no transporte público.

9) Não pegue atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho. A falsificação de documentos como a carteirinha de estudante e a emissão de atestados falsos é crime. 

10) Não faça gato de luz, de água e de TV a cabo. Não roube o sinal Wi-Fi do vizinho.

11) Não registre imóveis no cartório num valor abaixo do comprado ou compre recibo para abater na declaração do imposto de renda só para pagar menos impostos.

12) Em uma viagem a serviço da empresa, apresente a nota fiscal com o valor proporcional ao seu gasto. Não peça nota fiscal de 20 reais de uma refeição que custou 10, por exemplo.

13) Não comercialize objetos de campanhas solidárias. 

14) Não diminua a idade do seu filho para que ele pule ou passe por baixo de roletas, como no ônibus ou em eventos.

15) Não frequente caça-níqueis ou participe de jogos de azar, como cassino, bingo ou jogo do bicho.

16) Não emplaque o carro em outro estado para pagar menos IPVA. Isso é fraude tributária e a pena de reclusão varia de dois a cinco anos e multa.

17) Não comercialize os vales-transporte e vales-refeição que recebe da empresa onde trabalha, sequer utilize para outros fins. Não bata o cartão de ponto para o colega de trabalho.

18) Em viagens internacionais, não minta quando o fiscal aduaneiro perguntar o que você traz na bagagem. Para evitar o pagamento de taxas, cuide para não extrapolar o limite máximo da bagagem transportada.

19) Não cole na prova ou utilize artifícios para fraudar provas, concursos, rifas ou enquetes. 

20) Se você tiver condições econômicas favoráveis, não se cadastre em programas sociais destinados a indivíduos de classe baixa ou em situação de vulnerabilidade social, como no Bolsa Família e no Minha Casa Minha Vida.

Assista ao vídeo narrado pelo ator e jornalista Wagner Moura que explica as ameças da Reforma da Previdência. O conteúdo foi produzido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e viralizou nas redes sociais.



PARTICIPE 
Você é contra ou a favor da Reforma da Previdência? 
Conte para nós nos comentários quantas destas pequenas corrupções listadas acima você já cometeu. 
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