17 de novembro de 2015

O que a inundação em Minas Gerais e os ataques terroristas em Paris têm a nos ensinar

A charge de Paulo Stocker retrata o rompimento da barragem em Mariana e os ataques terroristas em Paris.

O mundo se comoveu com a tragédia ocorrida em Minas Gerais no início deste mês e a tristeza voltou a tomar conta da população devido aos atentados em Paris, na semana passada. Nas redes sociais, internautas criticam a mídia brasileira por dar grande destaque aos ataques em Paris e alegam que muitas informações à respeito das inundações em Minas Gerais estão sendo sonegadas pelos veículos de comunicação. 

Milhares de mensagens foram postadas nas redes sociais em solidariedade às vítimas dos ataques em Paris. As hashtags #PrayforParis ("ore por Paris") e #jesuisparis ("somos Paris") começaram a ser usadas como uma maneira de expressar pensamentos e orações ao redor do mundoO Facebook disponibilizou a seus usuários um recurso que permite colocar as cores da bandeira da França na foto do perfil. O ato também foi motivo de críticas. Alguns internautas afirmam que a França não usou as cores da bandeira do Brasil nas redes sociais e em órgãos públicos (como foi o caso do Cristo Redentor, iluminado com as cores da bandeira francesa), além de tirar o foco da tragédia de Minas Gerais. Mariana ou Paris? Não há como comparar tragédias. Por um lado são vidas perdidas como reflexo do descaso governamental com o meio ambiente. Por outro são vidas tiradas em conflitos motivados pela intolerância religiosa. Seja no Brasil ou na França, a questão vai além de nossas fronteiras. Certamente é um momento trágico para o mundo. Ajudem mais e critiquem menos. Sobre a tragédia em Mariana, podemos fazer diferente, doando agasalhos, alimentos e água. Procure o posto de arrecadação mais próximo e faça sua parte! Somos um grão de areia no universo, mas gestos simples podem tornar o mundo um lugar melhor. 

É importante que estejamos conscientes de que tudo a nossa volta entrou em constante declínio e nada poderá ser resolvido de um dia para o outro ou num estalar de dedos. Não há como ignorar os sinais de que o fim dos tempos se aproxima: ataques terroristas, crise econômica mundial, aquecimento global, desigualdade social, furações devastadores, catástrofes ambientais... Pergunto-me quem ou o que irá mudar essa triste realidade. O que devemos é cuidar do nosso planeta para que ele não seja destruído e aprender a respeitar as diferenças culturais e religiosas. Cuide para ter, respeite para ser.

ENTENDA A TRAGÉDIA EM MARIANA


O rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), causou um tsunami de 50 milhões de metros cúbicos de água, lama e rejeitos sólidos, que atingiu áreas a até 100 quilômetros de distância do local do acidente, no dia cinco de novembro. A lama da barragem que pertence à mineradora Samarco chegou ao Espírito Santo pelo Rio Doce, que está oficialmente morto. Casas foram destruídas e o bioma foi afetado, colocando muitas espécies de animais e plantas sob risco de extinção, além de prejudicar o abastecimento de água de 500 mil pessoas nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A prefeitura de Mariana confirmou que foram seis o número de mortos na tragédia. O Corpo de Bombeiros informou que 15 pessoas seguem desaparecidas. Representantes da Samarco afirmaram que há risco de rompimento nas barragens de Santarém e Germano, a maior do complexo.

ENTENDA O ATENTADO EM PARIS


Os ataques terroristas em Paris, capital da França, deixaram 132 mortos e ao menos 35 feridos, na noite desta sexta-feira (13), segundo a agência de notícias Agence France-Presse (AFP). Em três horas, ocorreram tiroteios e explosões em seis locais diferentes da capital francesa, praticados por três grupos ligados entre si. O Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques, justificando-os com o fato de que a França pertence à coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, na luta contra o grupo terrorista no Iraque e na Síria. A França declarou estado de emergência e foram tomadas medidas protetivas, como o fechamento das fronteiras e a proibição de manifestações. O presidente François Hollande, considerou que os atentados foram um "ato de guerra cometido por um exército terrorista" e prometeu ser implacável na luta contra os responsáveis pelo massacre de Paris. François decretou ainda luto nacional de três dias.

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