15 de outubro de 2015

Câncer de mama - projeto P.ink e Outubro Rosa

No Brasil, estima-se que sejam diagnosticados 57.120 novos casos de câncer de mama em 2015, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos Estados Unidos, o número aumenta: cerca de 230 mil mulheres serão afetadas, muitas das quais irão recorrer à mastectomia para prevenir ou tratar a doença. Mastectomias podem resultar em cicatrizes pesadas, bem como a perda do mamilo, que os médicos podem recriar através de tatuagens. Mas às vezes, esses profissionais tem pouco treinamento de tatuagem e não são capazes de captar a dimensão necessária para redesenhar um mamilo na dimensão real. É uma habilidade que leva anos para ser aperfeiçoada.


É aí que P.ink entra. O projeto P.ink (Personal Ink) foi lançado no início de 2013, na rede social Pinterest, como uma maneira de compartilhar ideias e informações sobre tatuagens para sobreviventes de câncer de mama. A organização filantrópica foi fundada por Noel Franus, diretor da agência de publicidade CP+B, que teve a ideia quando viu sua cunhada, Molly Ortwein, à procura de uma alternativa para a reconstrução mamária após passar por uma dupla mastectomia. O P.ink se transformou em uma ONG que ajuda mulheres em sua recuperação emocional e de autoestima ao custear tatuagens decorativas que escondem as cicatrizes da cirurgia de retirada dos seios, na cidade americana de Boulder, no Colorado. Mais tarde neste ano, a organização criou o Dia P.ink e conseguiu arrecadar dinheiro suficiente para financiar tatuagens de dez mulheres em um único dia em Brooklyn, no estado de Nova York. 


"As tatuagens de mastectomia são um ato radical, criativo e de autorização da recuperação pessoal", disse Franus ao The Mighty.

Nesta edição de 2015, o evento ocorreu pelo segundo ano consecutivo. O Dia P.ink começou como uma operação de uma loja no Brooklyn, se expandindo para 13 localidades em todo o país, com 48 participantes sobreviventesno último sábado (10). "Dia P.ink é sobre o fornecimento de uma experiência incrível para sobreviventes de câncer de mama, que culmina em uma tatuagem para ajudá-las a recuperar alguns dos bens pessoais que a doença roubou", disse o fundador Noel Franus, num comunicado à imprensa. "Esta é a nossa abordagem para mostrar de forma criativa a diferença entre ser curado e estar curado", comenta. Franus pretende expandir a rede P.ink além da América do Norte. "A necessidade é global e nós gostaríamos de encontrar artistas experientes e talentosos ao redor do mundo", completa.


Noel Franus se inspirou na história da cunhada Molly Ortwein (foto), que cobriu as cicatrizes deixadas pela mastectomia com uma tatuagem de flores e folhas.

APLICATIVO

Para ajudar a fornecer maiores orientações de tatuagem em mulheres que fizeram a mastecotomia, a equipe P.ink lançou o Inkspiration, um aplicativo de celular projetado para permitir que mulheres vítimas do câncer de mama conheçam o projeto em privado antes de ir para um estúdio de tatuagem. "A maioria das sobreviventes não tem ideia de por onde começar com uma tatuagem de mastectomia, especialmente se elas não são uma pessoa tatuada", disse David Whitney, gerente de comunicação da agência de P.ink, em entrevista ao site The Mighty. O aplicativo oferece uma biblioteca crescente de projetos de tatuagens e também aponta uma grande variedade de artistas com experiência em casos de mastectomia. "Os usuários selecionam um tipo de corpo ou fazem upload de sua própria foto e vêem uma tatuagem aparecer em seu peito", esclarece Whitney. Assista ao vídeo para saber mais sobre o aplicativo Inkspiration:



Para baixar o app Inkspiration disponível para iPhone, clique aqui.

OUTUBRO ROSA

O mês de outubro está aí e com ele uma importante mobilização: o Outubro Rosa, campanha internacional ​que tem o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização e participação da população no controle da doença. O movimento nasceu nos Estados Unidos, em 1977, e se espalhou pelo mundo como uma forma de alertar sobre o aumento no número de mortes em decorrência do câncer de mama e de conscientização para a importância do diagnóstico precoce. O símbolo da campanha é um laço rosa, adotado inicialmente pela Fundação Susan G. Komen e distribuído na primeira corrida pela cura da doença, em 1990, ganhando popularidade no Brasil e no mundo.

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum no mundo e pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, no entanto, o aparecimento é mais comum entre o sexo feminino, correspondendo a quase 22% dos novos casos de câncer. Nos Estados Unidos, por exemplo, a doença atinge as mulheres mil vezes mais (uma em cada oito mulheres teve, tem ou terá câncer de mama). No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais frequente nas mulheres das regiões Sudeste (71,18/ 100 mil), Sul (70,98/ 100 mil), Centro-Oeste (51,30/ 100 mil) e Nordeste (36,74/ 100 mil). Na região Norte, é o segundo tumor mais incidente (21,29/ 100 mil), conforme o INCA.


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Eu estou lutando contra o câncer com a minha arma de fé, família, amigos, médicos, tecnologia e orações universais".

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