23 de setembro de 2012

Conhecer, não rotular e confiar




Na rua pessoas caminham apressadas, outras nem tanto, carregando sacolas enquanto panfleteiros fazem propaganda na entrada de algumas lojas tumultuadas. Animais dormindo na calçada e outros caminhando sem rumo em meio a tanto desprezo. Cartazes com rostos de políticos em plenas eleições, carros trafegando e poluindo o meio ambiente enquanto prédios são levantados com frequência, ciclistas andam na praça, crianças brincam no balanço e o pipoqueiro fatura enquanto algumas pombas ciscam migalhas pelo chão. Pessoas comem em restaurantes e um casal de namorados de mãos dadas se distrai com o mundo à volta... Quantas coisas podem observar! Coisas que às vezes passam despercebidas ou fogem de nosso interesse. Cada pessoa com sua singularidade carregando consigo os livros que leu, os filmes que viu, as músicas que ouviu e as pessoas que ama. Cada um com seu caminho para traçar, seu jeito de andar e a sua expressão estampada no rosto. Mesmo sem sabermos a sua história e o que lhe fez cruzar o seu caminho a rotulamos e a julgamos por uma primeira impressão. 

Empatia é uma das melhores características do ser humano. Todos nós devemos praticar uma vez ou outra. Colocar-se no lugar do outro é ato de respeito, consideração, reconhecimento de valor. Não é de se estranhar que não podemos fazer aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco. Outro detalhe que merece ser destacado: por mais que você conviva com uma pessoa, nunca saberá quem realmente ela é. Triste eu sei, mas não dá para depositar toda a confiança do mundo em qualquer um. Convém conhecer melhor as pessoas, saber com quem está lidando antes de abrir completamente seu coração e sua vida a elas. Por que as pessoas mudam com o passar do tempo. Não é muito inteligente dar confiança aos outros assim de cara. Afinal, ninguém nesse mundo lhe conhece melhor do que você mesmo.

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