Um relacionamento duradouro é feito de emoções e incertezas de modo ponderado, impedindo que se desgaste ao longo do tempo. Contudo, o ciúmes excessivo pode atrapalhar, corromper ou interromper a relação amorosa. Esse sentimento corrosivo é capaz de distorcer a realidade de quem o cultiva, com o pensamento de traição e o sentimento de perda permanente. Com isso, o ciúme sujeita o casal ao medo, que o cônjuge dedique o seu amor a outrem e seja deixado. No livro "Otelo, o mouro de Veneza", o dramaturgo Shakespeare abordou o ciúmes, contando a história de uma mulher que mantinha um relacionamento repleto de desconfiança com um rapaz mais jovem.
O comportamento compulsivo, sustentado pela ilusão, representa a necessidade de posse sobre o outro, a partir do momento que verificar a agenda telefônica e fazer visitas surpresas frequentes no ambiente de trabalho, por exemplo, tornem-se de praxe. Uma pesquisa da Universidade de Guelph, no Canadá, realizado com cerca de 300 universitários, aponta que a maioria das brigas entre casais são motivadas por ciúmes e estão relacionadas com atividades nas redes sociais - a curtida indevida, o comentário ambíguo, a cutucada imprópria. Viver um relacionamento conturbado não faz bem. Segundo a escritora Tati Bernardi, "ciúmes faz parte da paixão, paz faz parte do amor".
O quadro acentuado de ciúmes reflete na baixa auto estima e instabilidade emocional. Para impedir que o relacionamento entre em declínio, faz-se necessário evitar que ambos sejam dominados por sua banalidade. É importante fazer com que a desconfiança e a suspeita não sobressaiam sobre o amor.
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