Por que treinar sozinho se você pode treinar junto com a família? Quem treina em conjunto reconhece os benefícios desta arte marcial. O caratê é uma excelente ferramenta para estreitar os laços familiares, além de auxiliar na formação e desenvolvimento da criança nas diversas fases do crescimento. É o que diz a sensei (professora) Liege Terezinha da Silva, 51, sendo 28 anos de atuação na Associação de Karate Paulo Machado (AKPM), onde ela também está em família. Mãe da carateca Ana Paula da Silva Machado, 25, fisioterapeuta, as duas são as primeiras mulheres cachoeirenses a conquistarem faixa preta, em 2008. O pai da Ana Paula, o sensei Paulo Machado, 53, faixa preta 4º DAN FGK (Federação Gaúcha de Karate) – CBK (Confederação Brasileira de Karate), com 35 anos de atuação, é o responsável pela supervisão técnica da AKPM.
MAIS DISCIPLINA
A dona de casa Aline da Silva Gravins, 35, (faixa amarela) começou a levar os filhos para o caratê quando percebeu que eles estavam indisciplinados. "Eu ficava lá embaixo esperando, então entrei para preencher tempo", disse Aline, que treina há um ano no grupo feminino e infantil. A dona de casa ganhou medalha de bronze no campeonato de caratê e de ouro no Campeonato Gaúcho de Karate em Luta (Kumite). Ela também foi selecionada para o Campeonato da Seleção Gaúcha de Karate 2016, que aconteceu no início de julho. Seus filhos: Ana Luiza, 6, estudante (faixa amarela), treina há um ano; Matheus, 8, estudante (faixa laranja), e Eduarda, 17, estudante (faixa laranja), treinam há quatro.
"As crianças estavam indisciplinadas e melhoraram. Acho maravilhoso", diz Aline, na foto com os filhos Ana Luiza e Matheus.
HARMONIA FAMILIAR
Por orientação da escola, a família do estudante Roberto de Franceschi, 10 (faixa amarela), descobriu o caratê. A empresária Isane de Franceschi, 41 (faixa verde), começou a treinar com o filho há três anos levando junto a filha Renata, 18, estudante (faixa laranja), que treina há um ano e meio, tornando-se a primeira medalhista feminina do Campeonato Gaúcho de Ouro e Prata. Unida à irmã Isane, a promotora de vendas Maria Luciane, 42 (faixa verde), aderiu ao esporte e treina com os parentes desde que eles entraram. Para ela, o caratê é disciplinar e cria uma harmonia no ambiente familiar.
Por orientação da escola, a família do estudante Roberto de Franceschi, 10 (faixa amarela), descobriu o caratê. A empresária Isane de Franceschi, 41 (faixa verde), começou a treinar com o filho há três anos levando junto a filha Renata, 18, estudante (faixa laranja), que treina há um ano e meio, tornando-se a primeira medalhista feminina do Campeonato Gaúcho de Ouro e Prata. Unida à irmã Isane, a promotora de vendas Maria Luciane, 42 (faixa verde), aderiu ao esporte e treina com os parentes desde que eles entraram. Para ela, o caratê é disciplinar e cria uma harmonia no ambiente familiar.
Isane (à esquerda de Roberto e Maria Luciane) diz que o caratê melhorou a comunicação e o convívio familiar.
FAMÍLIA UNIDA
Já a professora Rosane Machado Altermann, 53 (faixa vermelha), e o filho Arthur, 11, estudante (faixa amarela), estão no caratê há um ano. "Ele começou a fazer e melhorou a união, a disciplina e o respeito", conta Rosane.
Já a professora Rosane Machado Altermann, 53 (faixa vermelha), e o filho Arthur, 11, estudante (faixa amarela), estão no caratê há um ano. "Ele começou a fazer e melhorou a união, a disciplina e o respeito", conta Rosane.
"Treinar junto estreita a relação, traz confiança e melhora a comunicação", comprova a professora.
PAI E FILHO MEDALHISTAS
O autônomo Cláudio Takahata, 48 (faixa preta), sendo 15 anos na modalidade shito ryu (2º DAN da Federação Japonesa de Caratê), levou o filho Yudi, 9, estudante (faixa laranja), para o esporte há três anos. Cláudio ganhou seis medalhas, vencendo um campeonato nacional, e Yudi já acumula quatro vitórias. "O caratê melhora a convivência, a disciplina e a autoconfiança e beneficia a saúde", diz o autônomo.
O autônomo Cláudio Takahata, 48 (faixa preta), sendo 15 anos na modalidade shito ryu (2º DAN da Federação Japonesa de Caratê), levou o filho Yudi, 9, estudante (faixa laranja), para o esporte há três anos. Cláudio ganhou seis medalhas, vencendo um campeonato nacional, e Yudi já acumula quatro vitórias. "O caratê melhora a convivência, a disciplina e a autoconfiança e beneficia a saúde", diz o autônomo.
Segundo Cláudio, o filho Yudi melhorou a alimentação e ganhou aprendizado no caratê.
APOIO MÚTUO
Uma ajuda a outra. É assim que funciona para a empresária Marilene da Silva Mota, 47 (faixa verde), e para a filha Vitória, 17, estudante (faixa verde), que treinam juntas há três anos. "O caratê é uma terapia, é uma descontração benéfica. Além de ser uma atividade física maravilhosa, é um aprendizado", declara Marilene.
"O tempo é bem aproveitado", afirma a empresária.
BENEFÍCIOS DO CARATÊ
Conforme a sensei, a prática dos filhos acaba por incentivar os pais. "Prova disso foi o surgimento das turmas exclusivamente femininas formadas por mães que aguardavam enquanto seus filhos praticavam", conta. Liege destaca que o caratê propicia um ótimo momento de interação entre pais e filhos e melhora o trato em relação aos mais velhos e superiores. "O respeito, a disciplina e a paciência são valores amplamente desenvolvidos em aula", afirma. Ela explica que o esporte proporciona o aumento da concentração, memória e inteligência, melhora os reflexos e promove um envelhecimento saudável. "Além disso, melhora a autoestima e o autocontrole no adulto", diz. Em ambas as idades, o caratê desenvolve a capacidade de superar desafios, motiva mudanças, traz noções de defesa pessoal e melhora o desempenho e o bem-estar físico e mental.
"A adesão das famílias tem sido cada vez maior nos últimos três anos", afirma Liege, que conquistou mais de 80 medalhas em campeonatos estaduais e nacionais.
Fonte: Revista Linda - ano 9, nº 105, agosto 2016 (adaptado).
Texto: Gabriel Rodrigues.
Revisão: Marielle Rodrigues de Oliveira.
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