Aquele rosto todo marcado de espinhas não agrada ninguém e é um incômodo enorme para quem tem, afetando inclusive a autoestima. Se externas elas já são um problema, quando são internas ficam piores ainda, podendo deixar marcas permanentes e causar muita dor. Estas mais graves, também chamadas de acnes nódulo-císticas, atingem 56,4% dos brasileiros, segundo dados de 2015 da Sociedade Brasileira de Dermatologia. "Não existe como evitar o aparecimento da acne interna, mas sim tratá-la precocemente para evitar manchas e cicatrizes", é o que diz a dermatologista Paula Dobrinski Zanchet Rizzatti, 31, tendo sete anos de atuação.
"É possível minimizar as espinhas e, em alguns casos, reverter as marcas deixadas por elas" - Paula Rizzatti.
O que é acne?
É uma doença multifatorial que se apresenta em vários estágios, mas no caso da interna, a atenção e os cuidados precisam ser redobrados. Segundo a dermatologista, os hormônios sexuais que começam a ser produzidos na adolescência são os principais responsáveis pelo desencadeamento da acne em pessoas geneticamente predispostas devido à produção em excesso das glândulas sebáceas. Nessas glândulas pode ocorrer a retenção de sebo formando um cisto (acne interna) também colonizado por uma bactéria responsável pela inflamação. "Por isso ela costuma ser avermelhada e dolorida", justifica.
Como tratar?
De acordo com Paula, a acne interna pode ser tratada com antibióticos via oral. Para o tratamento das cicatrizes, os métodos mais utilizados são os peelings químicos, resurfacing com laser (principalmente laser fracionado de CO2) e preenchimento cutâneo, além de algumas técnicas cirúrgicas, como elevação das cicatrizes, excisão e sutura e subcisão. "O tratamento hormonal (com anticoncepcionais orais) é sempre útil para as mulheres, desde que não existam contraindicações. Medicamentos tópicos também podem ser indicados como adjuvantes", salienta. Existem vários tratamentos que podem ser utilizados para a correção das cicatrizes ou "furos" de acne, mas Paula diz que a indicação desses depende de cada caso. "Em uma mesma pessoa pode ser necessária a utilização de mais de um método para se obter um melhor resultado", destaca.
DICAS DA DERMATOLOGISTA
- Não esprema espinhas internas, pois podem provocar cicatrizes;
- Higienize e proteja a pele com sabonete e protetor solar adequados;
- Para amenizar as espinhas internas, calor local, vapor e esfoliação semanal da pele podem ser úteis.
Fonte: Revista Linda - ano 9, nº 105, agosto 2016 (adaptado).
Texto: Gabriel Rodrigues.
Revisão: Marielle Rodrigues de Oliveira.
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