O estudante Leonardo Mello Lodi, de 18 anos, natural de Cachoeira do Sul (RS), realizou o sonho de muitos jovens que desejam desbravar o mundo e morar fora do país. Leonardo foi selecionado pelo Rotary Club Princesa do Jacuí e aprovado pelo Distrito 4780, através do projeto Jovens Embaixadores para o Programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary Internacional, que propicia oportunidades de estudo a jovens com idade entre 15 e 18 anos. Nesta entrevista, ele nos conta tudo sobre sua experiência de quase um ano no México, como ganhou o intercâmbio, como soube adaptar-se a uma nova cultura e sua readaptação ao país de origem, desde que voltou para casa, no último mês de julho. Para quem deseja fazer intercâmbio, vale a pena conferir o depoimento de Leonardo.
O CAMINHO DA APROVAÇÃO
A oportunidade de fazer um intercâmbio surgiu no 2º ano do Ensino Médio, quando o Movimento Rotário fez uma palestra na escola de Leonardo e falou sobre o programa de bolsas de intercâmbio para estudantes que não têm condições econômicas de custear a viagem. Para ganhar a bolsa de estudos no exterior, o jovem teve que comprovar as atividades que já vinha desempenhando e precisou apresentar um boletim de desempenho escolar satisfatório, com o propósito de se enquadrar nos pré-requisitos mínimos para participar da seleção. Leonardo passou por muitas etapas avaliativas para participar da primeira fase do processo seletivo e concorrer à bolsa.
Nesta primeira etapa, ele foi classificado entre 30 jovens de escolas públicas da cidade que participaram de atividades dinâmicas individuais e de grupo. Dez desses jovens, incluindo Lodi, foram selecionados para cursos de inglês e palestras a fim de preparar-se para a prova final que consistia em testes de inglês, avaliações psicológicas e conhecimentos gerais entre alunos candidatos à bolsa e não bolsistas. Leonardo foi finalmente aprovado para realizar o intercâmbio. Foram oferecidas vagas de intercâmbio em vários países, como nos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Dinamarca, Itália, entre outras nações envolvidas no Programa de Intercâmbio do Rotary International, de acordo com as notas obtidas pelos alunos. Então veio a oportunidade de fazer intercâmbio no México, e ele aceitou é claro. É assim que começa a história.
A oportunidade de fazer um intercâmbio surgiu no 2º ano do Ensino Médio, quando o Movimento Rotário fez uma palestra na escola de Leonardo e falou sobre o programa de bolsas de intercâmbio para estudantes que não têm condições econômicas de custear a viagem. Para ganhar a bolsa de estudos no exterior, o jovem teve que comprovar as atividades que já vinha desempenhando e precisou apresentar um boletim de desempenho escolar satisfatório, com o propósito de se enquadrar nos pré-requisitos mínimos para participar da seleção. Leonardo passou por muitas etapas avaliativas para participar da primeira fase do processo seletivo e concorrer à bolsa.
Nesta primeira etapa, ele foi classificado entre 30 jovens de escolas públicas da cidade que participaram de atividades dinâmicas individuais e de grupo. Dez desses jovens, incluindo Lodi, foram selecionados para cursos de inglês e palestras a fim de preparar-se para a prova final que consistia em testes de inglês, avaliações psicológicas e conhecimentos gerais entre alunos candidatos à bolsa e não bolsistas. Leonardo foi finalmente aprovado para realizar o intercâmbio. Foram oferecidas vagas de intercâmbio em vários países, como nos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Dinamarca, Itália, entre outras nações envolvidas no Programa de Intercâmbio do Rotary International, de acordo com as notas obtidas pelos alunos. Então veio a oportunidade de fazer intercâmbio no México, e ele aceitou é claro. É assim que começa a história.
IMPRESSÕES SOBRE O MÉXICO
Nestes 11 meses de intercâmbio no México, Leonardo conta que teve inúmeras experiências. "Foi incrível desde o primeiro momento até o último. O México é muito bonito", diz. O estudante afirma que a cultura mexicana é forte, bonita e diversificada. "A dança tradicional do país lembra muito a dança gaúcha. É um país colorido, católico e devoto a muitos santos", resume. A culinária mexicana foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela ONU (Organização das Nações Unidas) e aprovada pela intercambista, que descobriu sua paixão por comida mexicana, especialmente por tacos, "las quesadillas" e "las gorditas". "Eu gosto mais da comida mexicana que a comida brasileira", revela.
Intercambistas vestidos à caráter no baile mexicano.
O intercambista ficou hospedado em três casas de famílias residentes na Ciudad Victoria, capital do estado de Tamaulipas, localizada ao noroeste do México, com uma população estimada em 500 mil habitantes e temperatura registrada de 40 ºC no verão. Leonardo conta que gostava muito da cidade e, com cada uma das famílias, teve a oportunidade de fazer inúmeras viagens entre diferentes locais.
Com a primeira família hospedeira que lhe acolheu, pôde conhecer a praia de Tampico, um dos centros turísticos mais importantes do Golfo do México; Monterrey, capital e a maior cidade do estado de Nuevo León, reconhecida como a terceira maior região metropolitana do México e a nona mais populosa; além de Querétaro, a capital do estado de Querétaro de Arteaga, cidade histórica espanhola, localizada no centro do país, com um padrão de vida considerado o mais alto do México e da América Latina. "Minha primeira família foi muito legal comigo. Foram os primeiros que me receberam e aceitaram. Graças a eles conheci muitos lugares no México. Los quiero", narra.
Com a primeira família hospedeira que lhe acolheu, pôde conhecer a praia de Tampico, um dos centros turísticos mais importantes do Golfo do México; Monterrey, capital e a maior cidade do estado de Nuevo León, reconhecida como a terceira maior região metropolitana do México e a nona mais populosa; além de Querétaro, a capital do estado de Querétaro de Arteaga, cidade histórica espanhola, localizada no centro do país, com um padrão de vida considerado o mais alto do México e da América Latina. "Minha primeira família foi muito legal comigo. Foram os primeiros que me receberam e aceitaram. Graças a eles conheci muitos lugares no México. Los quiero", narra.
Lodi acompanhado da primeira família.
Leonardo confessa que realmente aprendeu espanhol com a segunda família. "Eles me corrigiam todo o tempo. Na verdade, todas as famílias foram ótimas, mas sinto que com esta foi a que mais me identifiquei e criei um laço". Na companhia deles, visitou o Texas, o segundo maior estado em área e em população dos Estados Unidos, localizado na região sul do país.
Lodi comemora em sua segunda casa.
Leonardo não deixa de valorizar os momentos que passou junto da terceira família. "Também foi uma família muito boa. Aprendi muitas coisas, principalmente com minha mãe", recorda.
Leonardo não deixa de valorizar os momentos que passou junto da terceira família. "Também foi uma família muito boa. Aprendi muitas coisas, principalmente com minha mãe", recorda.
Além das viagens com as famílias hospedeiras, Leonardo teve direito à mais quatro viagens pelo programa de viagem do intercâmbio. A primeira visita foi ao centro do país, onde conheceu o "El Ángel de la Independencia" e o Museu de Frida Kahlo, renomada pintora mexicana, na capital Cidade do México, a cidade com o maior número de museus no mundo. "Conheci alguns centros históricos e parques muito bonitos também", conta. Na cidade de Guanajuato, conheceu a cidade subterrânea e túneis mineiros. Em Puebla, pôde conferir de perto alguns locais históricos, como o Museu da Santa Casa, no intuito de aprender a cultura e a história do México.
Vista da cidade histórica de Guanajuato (Patrimônio Mundial da Unesco).
A segunda viagem foi à Ruta Huasteca, onde praticou esportes radicais e vivenciou momentos de aventura nas cachoeiras e cascatas de águas cristalinas. Na última viagem pôde conhecer Cancún, na costa do estado de Quintana Roo, que se tornou um dos centros turísticos mais importantes do México. "O mar de Cancún tem vários tons de azul. É incrível, perfeito", comenta. Ele visitou Chichén Itzá, uma cidade arqueológica maia localizada no estado de Yucatã, também Patrimônio Mundial da Unesco e eleita como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, a quase três horas de distância de Cancún.
Como o Presidente do Rotary Club International, Gary Huang, foi para Monterrey em uma de suas viagens, Leonardo foi convidado pelo Coordenador do Intercâmbio do Distrito a ir a um almoço com o dirigente rotário, e assim teve a oportunidade de conhecê-lo. Também pôde fazer muitas palestras, o que lhe rendeu o título de "Melhor intercambista do distrito", no ano passado. "Foi muito legal tudo isso", conclui.
Como o Presidente do Rotary Club International, Gary Huang, foi para Monterrey em uma de suas viagens, Leonardo foi convidado pelo Coordenador do Intercâmbio do Distrito a ir a um almoço com o dirigente rotário, e assim teve a oportunidade de conhecê-lo. Também pôde fazer muitas palestras, o que lhe rendeu o título de "Melhor intercambista do distrito", no ano passado. "Foi muito legal tudo isso", conclui.
Leonardo ao lado do Presidente do Rotary Club International, Gary C. K. Huang, associado ao Rotary Club de Taipei, capital de Taiwan.
QUEM PARTICIPOU
Viagem com intercambistas de vários países ao Teatro Juárez, na cidade de Guanajuato.
No total, participaram do intercâmbio 20 jovens do Distrito 4780, sendo sete de Cachoeira do Sul. No Distrito 4130 (México), somaram-se 70 intercambistas distribuídos em várias cidades da região. O restante dos jovens das demais cidades pertencentes ao distrito, foram enviados para os Estados Unidos, Itália, França, Dinamarca, Alemanha, Canadá, Turquia e outros países. Na Ciudad Victoria, onde Leonardo morou, estavam presentes dez intercambistas de países como Indonésia, Alemanha, França, Bélgica, Taiwan, Turquia e Suíça. Assim, Lodi teve bastante convívio com outras culturas e fez novas amizades.
AMIZADES DO INTERCÂMBIO PARA A VIDA
Lodi fez muitos amigos no intercâmbio e afirma que sempre vai lembrar de cada um deles, não importa o quão longe são os seus países. "A verdade é que no intercâmbio você faz uma amizade que não importa o país, a raça ou seja lá o que for", constata. Amigo da maioria dos intercambistas, Leonardo faz questão de lembrar dos melhores, que mais teve convívio durante sua estadia. Ele relata que foi com a brasileira Júlia (à direita), que criou laços mais fortes de amizade. "Tinha um caráter difícil, mas nos amávamos. Passávamos horas conversando e isso foi precioso para criar a grande amizade que temos hoje. Amo ela", compartilha. Leonardo considera a indonésia Lulu (em baixo) uma irmã e morre de amores por ela. "É uma pessoa muito querida, que está sempre pensando em ajudar os outros. Também te amo", declara. Lodi justifica que a amiga Josie (à esquerda) contraria a fama de frieza dos alemães. "De fria não tem nada. Ela é uma pessoa incrível. Eu sempre vou lembrar dela", completa.
POR QUE FAZER INTERCÂMBIO?
AMIZADES DO INTERCÂMBIO PARA A VIDA
Leonardo: melhores amigos.
Lodi fez muitos amigos no intercâmbio e afirma que sempre vai lembrar de cada um deles, não importa o quão longe são os seus países. "A verdade é que no intercâmbio você faz uma amizade que não importa o país, a raça ou seja lá o que for", constata. Amigo da maioria dos intercambistas, Leonardo faz questão de lembrar dos melhores, que mais teve convívio durante sua estadia. Ele relata que foi com a brasileira Júlia (à direita), que criou laços mais fortes de amizade. "Tinha um caráter difícil, mas nos amávamos. Passávamos horas conversando e isso foi precioso para criar a grande amizade que temos hoje. Amo ela", compartilha. Leonardo considera a indonésia Lulu (em baixo) uma irmã e morre de amores por ela. "É uma pessoa muito querida, que está sempre pensando em ajudar os outros. Também te amo", declara. Lodi justifica que a amiga Josie (à esquerda) contraria a fama de frieza dos alemães. "De fria não tem nada. Ela é uma pessoa incrível. Eu sempre vou lembrar dela", completa.
POR QUE FAZER INTERCÂMBIO?
Intercambistas do Brasil, França, Índia, Alemanha e Indonésia, também o Coordenador dos Intercambistas do Distrito, Gilberto Espinosa, ao redor da bandeira mexicana.
Leonardo recomenda que todos os jovens façam intercâmbio. "Qualquer país é ótimo. É algo obrigatório!", ressalta. Segundo ele, o intercâmbio abre a mente, faz amadurecer, ter uma nova visão do mundo, propicia o aprendizado de um novo idioma e a vivência de uma outra cultura. "Eu posso dizer que é algo incrível, mas as pessoas só acreditarão se vivenciarem isso", atenta o estudante.
MOTIVOS PARA FAZER INTERCÂMBIO NO MÉXICO
Leonardo com o blazer de intercambista cheio de pins, em um monumento do Rotary na Ciudad Victoria.
O estudante indica o México como destino de intercâmbio. "É o meu segundo país", conta. Ele diz que amou a cultura mexicana, o carinho e a recepção do povo, o idioma e a culinária. "O povo mexicano é muito amável, tem uma diversidade cultural grande e incrivelmente bonita. O espanhol é um idioma muito bonito, adorei a comida mexicana, tem lugares históricos incríveis com traços da cultura maia, asteca e espanhola", descreve. "É um país que todos devem conhecer pelo menos uma vez na vida", afirma Lodi.
READAPTAÇÃO APÓS INTERCÂMBIO
Cascata de la Huasteca, Potosina.
Como diz o ditado popular: "Viajar é bom, mas voltar pra casa é melhor ainda". Na prática, adaptar-se à nova realidade pode ser um grande desafio, principalmente para o intercambista após seu retorno. Segundo psicólogos, a adaptação em outro país demora cerca de seis meses e a readaptação ao país de origem pode levar até dois anos.
Para Leonardo, a situação não foi diferente. "No início, me senti um intercambista no meu próprio país. Minha readaptação foi um pouco difícil, não somente para mim, mas para todos que fazem intercâmbio, porque voltamos com uma mente mais aberta e com uma forma totalmente diferente de olhar o mundo", explica ele. "A verdade é que a volta é muito mais difícil que a ida para outro país", ressalta. "Quando voltamos, nossos familiares, as pessoas em geral, tudo parece igual e que nada mudou. Todos acham que continuamos como éramos antes, mas pelo contrário, temos uma cabeça bem diferente", conclui Lodi.
Para Leonardo, a situação não foi diferente. "No início, me senti um intercambista no meu próprio país. Minha readaptação foi um pouco difícil, não somente para mim, mas para todos que fazem intercâmbio, porque voltamos com uma mente mais aberta e com uma forma totalmente diferente de olhar o mundo", explica ele. "A verdade é que a volta é muito mais difícil que a ida para outro país", ressalta. "Quando voltamos, nossos familiares, as pessoas em geral, tudo parece igual e que nada mudou. Todos acham que continuamos como éramos antes, mas pelo contrário, temos uma cabeça bem diferente", conclui Lodi.
O intercâmbio pode alavancar sua carreira profissional e uma forma de conquistar uma boa colocação no mercado de trabalho. Um mês após o retorno ao Brasil, Leonardo já tem planos para o futuro e confessa que eles mudaram muito rápido. "Antes eu queria fazer Jornalismo, e ainda quero, mas fiz algumas mudanças nos meus planos. Pensei muito em algo que, na verdade, eu sempre quis, mas comecei a pensar em fazer o Curso de Comissão de Bordo há alguns meses", conta o estudante, muito feliz com essa decisão que recebe o apoio dos familiares. "Esta carreira vai abrir portas para eu continuar conhecendo mais culturas e mais pessoas por todo o mundo", finaliza.
Confira alguns registros que marcaram o intercâmbio.
"El Ángel de la Independencia", na Cidade do México.
Xochimilco, também chamada "Veneza Mexicana", na região metropolitana da Cidade do México.
San Antonio, Texas, Estados Unidos.
"Obrigado Deus, obrigado família e obrigado Movimento Rotário de Cachoeira do Sul. Saudação a todos que fizeram parte de meu intercâmbio!".
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