22 de junho de 2013

Cão que fala, gente que late

Na era atual, a sociedade tem cada vez menos tempo para ter filhos ou cuidar da própria casa. Dentro dessa realidade, a solução mais viável é escolher um cão para suprir carências e proteger a casa. O mercado pet cresceu, acompanhado de todas as mazelas do país. Seguidamente, constatamos cenas deprimentes de andarilhos jogados nas ruas em condições de miséria, sem amparo da família e vivendo de esmolas, enquanto cachorros vivem de ostentação sendo tratados como se fossem artigos de luxo. Estamos vivendo uma inversão de valores. Você concorda com isso?

Em um dos primeiros filmes que têm um animal na trama, o humorista Charles Chaplin interpreta um mendigo que mora em um terreno baldio com um cachorro chamado Scraps, no episódio "Vida de Cachorro", em 1918.

Cada vez mais os animais de estimação são tratados como gente e recebem cuidados exagerados: são perfumes importados, tratamentos dentários, produtos de beleza, além de outras futilidades. Quem trata o cachorro como filho, se faz necessário saber dosar os limites do exagero e reconhecer a realidade que vivemos hoje. 

Grande parte das pessoas carentes que batalham para conseguir o seu próprio sustento, são discriminadas e sofrem de problemas sérios de saúde por não receber o tratamento mínimo adequado. Já quem maltrata animais, geralmente têm um problema psicológico, o que pode ser desde um trauma até transtorno mental ou afetivo. Não deixe este crime passar impune. Denuncie!

Engana-se quem pensa que os animais também não sofrem. Muitos deles se tornam companhia dos humanos que vagam pelas ruas sem destino. Triste realidade. Quisera eu que tudo fosse diferente. Que os animais não fossem tratados como objetos e que os mais desfavorecidos tivessem a certeza de um futuro melhor. Mas podemos construir uma realidade diferente. Gestos simples podem tornar o mundo um lugar melhor.

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